Encontrado gelo em Marte

[Imagem: NASA]

"É com grande orgulho e muita alegria que anunciamos hoje que nós temos provas de que este material duro e brilhante é realmente gelo e não alguma outra substância," disse o chefe da missão Phoenix ao anunciar a descoberta de água congelada no Polo Norte de Marte.

Nossa imagem da semana é uma composição de duas imagens do mesmo local. A foto da esquerda foi tirada no 20º dia da missão, e a da direita é uma foto da mesma posição, tirada no 24º dia.

Além da parte branca, formada por gelo puro, foi uma surpresa para os cientistas perceberem que, o que à primeira vista pareciam ser pedriscos comuns, também era gelo, que se derretera quatro dias depois que o solo foi escavado.

Esses pedriscos - que estão destacados nos dois pequenos quadros - podem ser vistos no canto inferior esquerdo das imagens, na parte mais profunda da escavação.

Com a descoberta de gelo, crescem as expectativas de se encontrar algum tipo de vida microbiana. Para comportar organismos vivos semelhantes aos terrestres, deveria ainda haver algum processo pelo qual esse gelo pudesse estar disponível na forma de água líquida na presença de compostos orgânicos básicos para permitir o desenvolvimento da vida.
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Via Láctea perdeu massa equivalente a um trilhão de sóis

[Imagem: SDSS Collaboration, Axel Quetz, Max Planck Institute for Astrophysics]
E não foi por nenhum evento catastrófico e nem tampouco por alguma espécie de dieta galáctica. Utilizando uma escala mais precisa, cientistas descobriram que a Via Láctea é mais fina e, portanto, tem muito menos matéria escura do que se imaginava até agora.

Observe que a imagem apresenta uma coloração avermelhada, que diminui de intensidade a partir do centro da galáxia. Este tom vermelho mostra a auréola de matéria escura da Via Láctea, que é muito maior do que a sua parte visível, constituída por estrelas e outros corpos celestes.

"A galáxia é mais delgada do que nós pensávamos," explica o astrônomo Xiangxiang Xue. "Isto significa que ela tem menos matéria escura do que se acreditava anteriormente, e que ela é mais eficiente na conversão de seu estoque original de hidrogênio e hélio em estrelas."

A nova medição, que consumiu 32.000 horas de CPU, baseou-se no movimento de 2.400 estrelas azuis situadas nas extremidades da auréola que envolve o disco estelar da nossa galáxia. Essas medições alcançaram distâncias de cerca de 200.000 anos-luz do centro da galáxia.

Novo telescópio espacial vai fotografar eventos astronômicos extremos

[Imagem: NASA/General Dynamics]

Pulsares, magnetares, restos de supernovas e buracos negros gigantes. Estes serão os alvos prioritários do novo telescópio espacial que a NASA lançará nesta semana. Ele poderá também dar informações importantes sobre o que hoje se acredita ser a matéria escura.


O telescópio de raios gama GLAST ("Gamma-Ray Large Area Space Telescope") é um observatório em forma de cubo, pesando quatro toneladas e que carrega os mais modernos detectores de partículas já construídos.


Raios gama


Os raios gama têm uma freqüência muito superior à da luz visível. Os fótons dessa forma de radiação eletromagnética contêm muito mais energia do que os raios X, o que torna extremamente difícil a tarefa de captá-los.


Em vez de serem emitidos por objetos brilhantes ou quentes, os raios gama se originam nas colisões entre partículas de matéria ou de luz, que acontecem com maior freqüência nos processos astronômicos mais radicais, como na interação entre buracos negros e galáxias, por exemplo.


Eventos astronômicos extremos


O telescópio GLAST será capaz de detectar e medir essas fontes de raios gama com o maior nível de detalhamento já alcançado, gerando o primeiro mapa do céu que mostrará onde, como e por quanto tempo acontecem esses eventos extremos.


É possível também que o GLAST observe raios gama gerados pela explosão de buracos negros microscópicos. Algumas teorias afirmam que esses buracos negros em miniatura se originaram no próprio processo de formação do Universo e que hoje podem estar se "evaporando" na forma de pulsos de raios gama conhecidos como radiação Hawking.